Desejamos boas festas e um ótimo 2010 a todos!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Boas férias!
Desejamos boas festas e um ótimo 2010 a todos!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Lançamento de livros e confraternização do curso
Esperamos que todos prestigiem o lançamento e que possamos confraternizar juntos.
Realização: DHI em parceria com o CANAC.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Resultado oficial - Eleição DCE UEM
2º Chapa 2 - Alteração -> 756 votos
3º Chapa 4 - Vamos a Luta! Construir o Novo -> 609 votos
Nulo -> 239 votos
Branco -> 10 votos
Total -> 2485 votos
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Eleição do DCE UEM é amanhã
Quatro chapas disputam o DCE: 1 - Descentralize, 2 - Alteração, 3 - Chapa Quente - O Bonde do Amor e 4 - Vamos a Luta! Construir o Novo.
Não deixe de votar. Participe das decisões da universidade!
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Nova edição de "A Carapuça"
Errata - A Carapuça
primeira página - O valor de 5 reais na festa de inauguração do CANAC está incorreto. Os estudantes não precisam pagar nada para participar.
p. 6 - No quadro Informe UEM sobre a eleição do DCE, a palavra correta é inscritas, e não escritas. O nome da Chapa 1 é Descentralize.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Chapas inscritas para a eleição do DCE UEM
Chapa 1 -> Descentralize
Chapa 2 -> Alteração
Chapa 3 -> Chapa Quente - O Bonde do Amor
Chapa 4 -> Vamos a Luta! Construir o Novo
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Calendário eleitoral - DCE UEM
11/11/2009 a 24/11/2009 - Período de campanha
25/11/2009 - Eleição do Diretório Central dos Estudantes - UEM
A turba da Uniban
NA SEMANA passada, em São Bernardo, uma estudante de primeiro ano do curso noturno de turismo da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo) foi para a faculdade pronta para encontrar seu namorado depois das aulas: estava de minivestido rosa, saltos altos, maquiagem -uniforme de balada.
O resultado foi que 700 alunos da Uniban saíram das salas de aula e se aglomeraram numa turba: xingaram, tocaram, fotografaram e filmaram a moça. Com seus celulares ligados na mão, como tochas levantadas, eles pareciam uma ralé do século 16 querendo tocar fogo numa perigosa bruxa.
A história acabou com a jovem estudante trancada na sala de sua turma, com a multidão pressionando, por porta e janelas, pedindo explicitamente que ela fosse entregue para ser estuprada. Alguns colegas, funcionários e professores conseguiram proteger a moça até a chegada da PM, que a tirou da escola sob escolta, mas não pôde evitar que sua saída fosse acompanhada pelo coro dos boçais escandindo: "Pu-ta, pu-ta, pu-ta".
Entre esses boçais, houve aqueles que explicaram o acontecido como um "justo" protesto contra a "inadequação" da roupa da colega. Difícil levá-los a sério, visto que uma boa metade deles saiu das salas de aula com seu chapéu cravado na cabeça.
Então, o que aconteceu? Para responder, demos uma volta pelos estádios de futebol ou pelas salas de estar das famílias na hora da transmissão de um jogo. Pois bem, nos estádios ou nas salas, todos (maiores ou menores) vocalizam sua opinião dos jogadores e da torcida do time adversário (assim como do árbitro, claro, sempre "vendido") de duas maneiras fundamentais: "veados" e "filhos da puta".
Esses insultos são invariavelmente escolhidos por serem, na opinião de ambas as torcidas, os que mais podem ferir os adversários. E o método da escolha é simples: a gente sempre acha que o pior insulto é o que mais nos ofenderia. Ou seja, "veados" e "filhos da puta" são os insultos que todos lançam porque são os que ninguém quer ouvir.
Cuidado: "veado", nesse caso, não significa genericamente homossexual. Tanto assim que os ditos "veados", por exemplo, são encorajados vivamente a pegar no sexo de quem os insulta ou a ficar de quatro para que possam ser "usados" por seus ofensores. "Veado", nesse insulto, está mais para "bichinha", "mulherzinha" ou, simplesmente, "mulher".
Quanto a "filho da puta", é óbvio que ninguém acredita que todas as mães da torcida adversa sejam profissionais do sexo. "Puta", nesse caso (assim como no coro da Uniban), significa mulher licenciosa, mulher que poderia (pasme!) gostar de sexo.
Os membros das torcidas e os 700 da Uniban descobrem assim um terreno comum: é o ódio do feminino -não das mulheres como gênero, mas do feminino, ou seja, da ideia de que as mulheres tenham ou possam ter um desejo próprio.
O estupro é, para essas turbas, o grande remédio: punitivo e corretivo. Como assim? Simples: uma mulher se aventura a desejar? Ela tem a impudência de "querer"? Pois vamos lhe lembrar que sexo, para ela, deve permanecer um sofrimento imposto, uma violência sofrida -nunca uma iniciativa ou um prazer.
A violência e o desprezo aplicados coletivamente pelo grupo só servem para esconder a insuficiência de cada um, se ele tivesse que responder ao desejo e às expectativas de uma parceira, em vez de lhe impor uma transa forçada.
Espero que o Ministério Público persiga os membros da turba da Uniban que incitaram ao estupro. Espero que a jovem estudante encontre um advogado que a ajude a exigir da própria Uniban (incapaz de garantir a segurança de seus alunos) todos os danos morais aos quais ela tem direito. E espero que, com isso, a Uniban se interrogue com urgência sobre como agir contra a ignorância e a vulnerabilidade aos piores efeitos grupais de 700 de seus estudantes. Uma sugestão, só para começar: que tal uma sessão de "Zorba, o Grego", com redação obrigatória no fim?
Agora, devo umas desculpas a todas as mulheres que militam ou militaram no feminismo. Ainda recentemente, pensei (e disse, numa entrevista) que, ao meu ver, o feminismo tinha chegado ao fim de sua tarefa histórica. Em particular, eu acreditava que, depois de 40 anos de luta feminista, ao menos um objetivo tivesse sido atingido: o reconhecimento pelos homens de que as mulheres (também) desejam. Pois é, os fatos provam que eu estava errado.
domingo, 1 de novembro de 2009
Copa História de Futsal - Final
Parabéns a todos os participantes e o agradecimento da diretoria do CANAC.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Uma CPI do ódio de classe
Os dados do censo agropecuário do IBGE, divulgados há poucas semanas, revelam que menos de 15 mil fazendeiros são donos de mais de 98 milhões de hectares. Em termos percentuais, 1% dos proprietários rurais detém a titularidade de 46% da terra no país.
Aos olhos dos ricos, os pobres não têm o direito de se organizar, de se manifestar em defesa de seus direitos.
Esses índices determinam se uma fazenda é ou não improdutiva. Criados em 1975, estão defasados. Não levam em conta os avanços tecnológicos da agricultura, o que facilita aos fazendeiros alcançar os indicadores mínimos e evitar desapropriações.
O MST já afirmou que não teme a CPI. O Partido dos Trabalhadores e o governo, também não.
Sabemos que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), duas entidades patronais, receberam mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos entre 2000 e 2006. E que parte desses recursos foi utilizada ilegalmente pelas federações que representam os interesses dos fazendeiros.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Copa História de Futsal - Resultados
Passa a Bola 0 X 1 Posição Ginecológica
Homens Livres 7 X 2 Dragões de David
Dinossauros da História 1 X 0 Passa a Bola
Homens Livres 3 X 1 Posição Ginecológica
Pira Olímpica 1 X 16 Dinossauros da História
Dragões de David 0 X 5 Passa a Bola
Dinossauros da História 10 X 2 Posição Ginecológicas
Homens Livres 8 X 3 Passa a Bola
Dragões de David 1 X 0 Pira Olímpica
Classificação: 1º Homens Livres 12 pts, 2º Dinossauros 10 pts.
A final será realizada entre Homens Livres X Dinossauros da História no próximo sábado, às 16h, na quadra 2 da UEM. Logo após a quadra será liberada para os acadêmicos do curso até às 19h.
domingo, 25 de outubro de 2009
Copa História de Futsal - Resultados
Sábado (24/10)
Homens Livres 6 X 0 Pira Olímpica
Dragões de David 4 X 4 Dinossauros da História
Pira Olímpica 2 x 2 Posição Ginecológica
* O jogo Dragões de David x Homens Livres foi adiado para domingo (25/10) devido às fortes chuvas.
Classificação
Homens Livres..... 3 pts 1 j
Dragões de David..... 1 pt 1 j
Dinossauros da História..... 1pt 1 j
Posição Ginecológica..... 1 pt 1 j
Pira Olimpíca..... 1 pt 2 j
Passa a Bola..... 0 pt 0 j
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Tabela da II Copa História
Homens Livres na Ordem Escravocrata (2º ano noturno)
Pira Olímpica (1º ano matutino)
Dragões de David (1º ano noturno)
Dinossauros da História (formados)
Passa a Bola (2º ano matutino)
Posição Ginecológica Futebol Clube (3º ano noturno)
Primeira Fase:
1ª Rodada
14h (sábado/24) - Homens Livres X Pira Olímpica
14h50 –(sábado/24) Dragões de David X Dinossauros da História
10h – (domingo/25)Passa a Bola X Posição Ginecológica
2ª Rodada
15h40 – (sábado/24) Pira Olímpica X Posição Ginecológica
16h30 –(sábado/24) Homens Livres X Dragões de David
18h10 (domingo/25) Dinossauros da História X Passa a Bola
3ª Rodada
10h50 – (domingo/25) Homens Livres X Posição Ginecológica
14h – (domingo/25) Pira Olímpica X Dinossauros da História
14h50 – (domingo/25) Dragões de David X Passa a Bola
4ª Rodada
15h40 (domingo/25) Dinossauros da História X Posições Ginecológicas
16h30 (domingo/25) Homens Livres X Passa a Bola
17h20 (domingo/25)Dragões de David X Pira Olímpica
5ª Rodada
14h – (sábado/31) Homens Livres X Dinossauros da História
14h50 – (sábado/31) Pira Olímpica X Passa a Bola
15h40 – (sábado/31)Dragões de David X Posição Ginecológica
Final
17h (sábado/31) - 1º Lugar X 2º Lugar
Fórmula de Disputa:
Na primeira fase, jogam todos contra todos em turno único, classificando os dois primeiros colocados para a final, sem vantagem do empate.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Último dia
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Caravana da UPE: Defender o Pré-sal por mais verbas para a educação!
UEM - 19/10 - 17:30 Ney Marques
UFPR - 19/10 - 19:00 - Anfiteatro 100
UEPG - 20/10 - 19:30 - Central de Salas de Aulas
UNICENTRO - 21/10 - 19:30 - Anfiteatro
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Cueca vermelha
Medo de rodoviárias
Eu sei que é meio besta ter fobias. Mas o pavor de rodoviárias não chega a ser crônico, do tipo que faz você espumar pela boca ao entrar em uma.
O que se sente é aquele aperto no peito pelas sensações às quais a rodoviária está ligada, de chegar feliz e ansioso, de ir triste e cansado. De ir cumprir com obrigações e voltar satisfeito (ou preocupado). De ir passear e voltar cheio de histórias, metáforas sobre a vida, fábulas que encantarão aos que não estiveram lá mas estão curiosos sobre suas andanças pelo mundo. Mas é claro que por causa das infinitas experiências que nos proporciona a saudade, muitas outras sensações podem ser catalisadas numa rodoviária.
Saudade! Esta palavra que como muitos sabem só existe na língua portuguesa, é uma espécie de poema minimalista que nosso idioma oferece. Pra quem diga que ela não é poética, apenas pense se um "I miss you" consegue carregar todo o sentido complexo de se gostar à distância, sentir alegria em prestações ou de dividir a vida com quem não se vê.
Além disso tudo, o vazio da rodoviária se completa com a visão desoladora dos vadios que perambulam e dos banquinhos em que as pessoas se sentam, com todo cuidado para ficar o mais longe possível umas das outras. Quanto ao cheiro da rodoviária, este me parece ser universal. É uma mistura de mofo, fritura e perfume de alguns dos que vêm e vão.
Simbolicamente parece que as rodoviárias pertencem ao baixo escalão. Ali se agrupam pessoas comuns e incomuns (o que quer que isso seja, para o bem ou o mal). Essa associação é tão verdadeira quanto o desprezo por qualquer coisa que venha da rodoviária, sejam as cochinhas e souvenirs, sejam os estranhos que possam vir a falar com você - todos parecerão suspeitos.
Bom mesmo ia ser poder ir e vir quando se quer, aonde se quer. Mas estamos presos pela nossa necessidade de sobreviver. Nosso último consolo frente a todas essas privações é o papel, a crônica e os contos que brotam vigorosamente, recortes da verdade que fazem rir ou chorar provocando emoções que podem parecer ou desconhecer a experiência vivida na distância.
E a rodoviária continua lá, todos os dias, destilando esse espectro contido naquilo que nos torna humanos.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Velhas Virgens em Maringá
Leia mais aqui.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
É o 26! Silvio Santos presidente!
domingo, 11 de outubro de 2009
Requião na UEM
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Bertonha lança livro sobre Império Russo
Copa História de Futsal
A Copa será disputada nos dias 24, 25 e 31 de outubro.
Inscrições no xerox do CANAC ou com o Raoni (2º ano noturno).
Valor da inscrição: R$ 12 por equipe.
Premiação com troféu para os 3 primeiros colocados e dois fardos de cerveja para o campeão.
Três sobre a UEM
- Priori confirma: se filiou ao PT e pode ser candidato.
- Requião x manifestantes na UEM.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
UEM ganha seis novos blocos e rede de internet sem fio
Leia mais no site da UEM.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Jornada Interartes Outras Palavras
Informações no blog Revista Outras Palavras.
Cidão e Contessotto na comissão eleitoral
Três sobre a UEM
- A internet sem fio começa a funcionar na próxima quarta-feira na UEM.
- DCE tirou representatividade do Conselho de Programação da Rádio UEM.
- Priori fica no PV.
sábado, 3 de outubro de 2009
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Estatuto do CANAC é aprovado
A gestão Águas de Março agradece aos estudantes que compareceram na assembléia.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
A máquina de fazer salsichas
*
Um homem resolveu dedicar-se à produção de salsichas. Aconselhando-se com técnicos e cientistas, foi informado de que o que havia de mais moderno para tal fim era uma máquina importada de fazer salsichas. Ele não titubeou: comprou a dita máquina porque queria ser um produtor de salsichas bem sucedido.
A máquina era assim: numa extremidade, havia um grande funil onde a carne deveria ser colocada. Apertava-se um botão e a máquina começava a funcionar. Na outra extremidade, fim do processo, saíam as salsichas gordas e vermelhas.
Mas não basta que a máquina produza salsichas. É preciso que a produção seja comercialmente vantajosa. E como se avalia isso? Comparando-se os quilos de carne colocados no funil inicial com os quilos de salsicha que saem na extremidade final da máquina. Se, na entrada, se colocam cem quilos de carne e saem 95 quilos de salsichas, a máquina é ótima. Mas se só saírem dez quilos de salsichas, a máquina não presta.
Não estou procurando sócios para uma aventura econômica. Minha coisa é a educação. E pensei que a educação poderia ser avaliada por um exame parecido com a máquina de salsichas -que comparasse os "quilos" de saberes que as escolas colocam nos olhos, ouvidos e memória da "máquina" chamada "aluno" com o que "sobra" ao final.
As escolas colocaram muita coisa dentro do meu funil, nos 17 anos que as frequentei. Quatro anos no curso primário, um no curso de admissão, quatro no ginásio, três no curso científico e cinco no curso superior.
Multipliquei o número de meses, pelo número de dias, pelo número de horas, pelo número de anos: cheguei a 16.830 -o número de horas que passei assentado em carteiras ouvindo a fala dos professores.
O exame -um tipo de Enem- seria assim: Primeiro: o programa para o exame seria constituído de tudo o que se pretendeu ensinar nesses 17 anos, do primeiro ao último ano. O que foi colocado no funil.
Segundo: os alunos não assinarão os seus nomes porque não são eles que estão sendo avaliados, mas o desempenho da máquina, isto é, do sistema escolar.
Terceiro: não haverá "cursinhos" preparatórios para tais exames. Será proibido também recordar a matéria. Guarde isso: o aprendido é aquilo que fica depois que o esquecimento fez o seu trabalho. O objetivo do exame será avaliar o que sobrou.
Eu me sairia muito mal. Não me lembro das classificações das rochas. Lembro-me dos nomes "dolomitas" e "piroclásticas", mas não sei o que significam. Esqueci-me do "crivo de Erastóstenes". Não sei fazer raiz quadrada. Não sei onde se encontra a serra da Mata da Corda.
Também me esqueci das dinastias dos faraós. Não sei a lei de Avogadro.
Sei pouquíssimo de análise sintática. Acho que, dos 100% de saberes que as escolas tentaram enfiar dentro de mim, só sobrariam uns 10%.
Você depositaria suas economias mensalmente num fundo de investimento, por 17 anos, se você soubesse que depois desses 17 anos receberia só 10% do que você depositou?
Alguns concluirão que a culpa é dos professores. Outros, que a culpa é dos alunos. Não creio que a culpa seja dos professores ou dos alunos.
Acho mesmo é que a culpa é da carne que se põe na máquina: ela está estragada. As salsichas cheiram mal.
O nariz as reprova. O jeito é vomitá-las, isto é, esquecê-las. Concluo: a performance das escolas melhorará se a carne estragada for substituída por uma carne que produza salsichas apetitosas...
(Folha de São Paulo, 29/09/2009)
I Congresso Internacional de Museologia
Período: 21 a 23 de outubro de 2009.
Av.Colombo, 5790 - Bloco C67
Campus Universitário
Maringá – Paraná – Brasil
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Brados retumbantes
Marcelo Coelho
*
Escolas públicas e particulares de todo o Brasil estão obrigadas a tocar o Hino Nacional ao menos uma vez por semana. A lei foi sancionada pelo vice-presidente José Alencar e vale para todos os anos do ensino fundamental.
Minha reação a coisas desse tipo mistura muita desconfiança com uma pequena dose de culpa. Na época do ginásio, isto é, entre os 11 e os 14 anos, vivi o auge do período Médici. Enquanto conhecidos da minha família eram presos e torturados, a ideologia do "Brasil Grande" estava a todo vapor.
O sesquicentenário da Independência, em 1972, foi uma vasta operação de verde-amarelismo. Um professor de geografia, defensor da ditadura e da Transamazônica, vibrava com a data. Foi a única vez, pelo que me lembro, que assisti a um solene hasteamento da bandeira.
Poucos de nós sabíamos cantar o Hino Nacional, e os que sabiam cantavam-no a meia-voz; atitude suficiente para ouvirmos, em posição de sentido, uma bronca federal do tal professor, que estreava o novo alto-falante instalado no pátio do recreio.
Para muitas pessoas da minha geração, a ideia de tocar o Hino Nacional na escola fica assim ligada fortemente, desculpem o termo, à mais completa babaquice.
Pode ser uma visão distorcida de minha parte. Como todo símbolo, o Hino Nacional pode ter trazer muitas associações contraditórias. Representava o militarismo da ditadura; ao mesmo tempo, era cantado pelos estudantes nas passeatas contra a mesma ditadura.
Hoje em dia, podemos ouvi-lo no enterro de um grande homem ou nas galerias do Congresso, quando alguns políticos sem emprego comemoraram a aprovação da PEC dos vereadores.
Uma coisa é certa: com o Hino Nacional não se brinca. Nada ofende tanto um brasileiro quanto ouvir o hino errado em algum evento esportivo no exterior.
É bastante ambígua nossa atitude com relação à pátria. Gostamos de ver o Brasil conhecido lá fora, mas o espírito da patriotada, afinal de contas tão comum nos Estados Unidos, por exemplo, parece-nos quase uma falta de educação.
Pois bem, acho que essa mentalidade está mudando. O crescimento econômico dos últimos anos e a melhoria nos padrões de bem-estar da população talvez tenham o efeito de nos conduzir um pouco de volta aos otimismos do período Médici.
Tivemos, naquela época, o Mar de Duzentas Milhas; agora é o pré-sal.
Desde Getúlio Vargas a Petrobras não tinha tamanha evidência -e o bombardeio publicitário a favor da estatal não conhece limites.
E, é claro, o papel do Brasil mudou no cenário internacional. Quem acompanha a coluna de Nelson de Sá, aqui na Folha, encontra todo dia referências boas ao Brasil na imprensa estrangeira.
Com notícias desse tipo, cantar as margens do Ipiranga e seus brados retumbantes tende a ficar menos ridículo do que nos tempos de Collor ou de Sarney.
Serão boas notícias? Eu deveria dizer que sim, mas não consigo; não completamente. O Brasil sempre foi um país "simpático" e "pacífico" porque quase nunca se meteu em encrencas internacionais. A conversa de que temos "novas responsabilidades internacionais" me deixa de cabelo em pé. Para obter assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, o país se alia à escória dos piores ditadores do planeta.
E lá vamos nós ao mercado de armas, gastando fortunas em aviões de caça e projetando submarinos nucleares. As negociações com a França têm sido questionadas, como se sabe. Mas ninguém questiona a necessidade de novas armas.
Não sou tão angelical a ponto de preferir um país totalmente desmilitarizado. Mas sei que, em tese, todo armamento, mesmo nuclear, é sempre chamado de "defensivo" pelo país que o constrói ou compra.
Como qualquer outra coisa, isso vicia: nenhuma potência militar nasceu de uma hora para outra, e se perguntarem para a maioria dos cidadãos de um país se a guerra é uma boa coisa, a resposta será negativa -até o momento em que todos saiam às ruas marchando, bandeiras desfraldadas, hinos a plenos pulmões.
Não teremos nunca a bomba atômica, garante Lula depois de afagar o presidente iraniano. Mas não é que o vice José Alencar começa a dizer que esse tipo de armamento pode ser interessante?
Certamente, é assim que um país passa a ser considerado "um país sério". Qualquer hora teremos saudades do tempo em que não era.
(Folha de São Paulo, 30/09/2009)
3º Encontro Científico e Tecnológico do Paraná
Dois dedos de conversa
A revista virtual "Slate" analisou há tempos um fenômeno que me intriga há séculos. Apertos de mão. Nenhuma metáfora: falo mesmo do momento banal em que duas pessoas se encontram, estendem as respectivas mãos e apertam-nas como sinal de reconhecimento social.
Para a revista, a arte está em declínio, e não necessariamente por culpa da gripe A. Está em declínio porque em declínio estão os cultores rigorosos do aperto. Posso confirmar o diagnóstico. Todos os dias, nas minhas aventuras citadinas, a evidência estende-se literalmente à minha frente. Alguém oferece a mão. Eu ofereço a minha.
E, quando o aperto se dá, tenho a desagradável sensação de que agarro um órgão mole e amorfo, muito parecido com um pênis em estado flácido. A sensação de repugnância é extrema, e a minha vontade é fugir dali: no aperto de uma mão, revela-se um caráter. A maioria dos meus interlocutores não tem caráter nenhum. E o oposto também acontece: gente que não aperta, mas esmaga os ossos do parceiro. Como se um cumprimento fosse o pretexto ideal para descarregar toda a insegurança de uma vida.
O equilíbrio perfeito de que fala a "Slate", aquele cumprimento firme, gentil, sempre reforçado pelo contato visual direto, isso acabou. As pessoas apertam com muita força ou com nenhuma força. Por vezes, nem sequer apertam a mão toda; só os dedos. E raramente fitam o outro olhos nos olhos.
Mas a crise das mãos não está apenas no aperto. Está sobretudo na caligrafia. Sou professor há vários anos e testemunho a evolução estilística do fenômeno: estamos a regressar à caverna, e a pintura rupestre ameaça substituir séculos de refinamento visual.
São raros os exames legíveis. Pior: cresce o número de alunos que, chamados ao gabinete, têm de ler em voz alta os textos que escreveram. Por vezes, nem eles próprios reconhecem o que escreveram, como se a própria letra fosse um elemento estranho. Todos, ou quase todos, preferem escrever no computador e entregar trabalhos na única caligrafia que estimam. Não a caligrafia do João, da Maria ou do Francisco. Mas a caligrafia do sr. Times New Roman. Como explicar a crise das mãos?
Não pretendo vestir o traje de ludita moderno e apontar o dedo à tecnologia reinante. A história da técnica é o cemitério dos luditas. Ou o anedotário deles: hoje, lemos as sentenças apocalípticas que se disseram sobre o telégrafo, a lâmpada elétrica, o telefone ou a televisão e sorrimos com o sentido de superioridade que define a nossa arrogância.
Mas também é impossível negar completamente que a tecnologia reinante tornou as mãos, como instrumentos tangíveis de reconhecimento ou comunicação entre seres humanos, largamente dispensáveis.
Uma sucessão de redes sociais permite que as pessoas se "conheçam", se "falem", e até se "cumprimentem", sem sentirem verdadeiramente que está um ser humano do outro lado. Ninguém aprende a apertar mãos porque, desde logo, não existem mãos para apertar.
E as teclas de um computador explicam o resto: a caligrafia, um exercício demorado que exigia concentração e disciplina, é vista hoje como perda de tempo quando o computador garante rapidez e eficácia.
Esse dogma esquece uma desconfortável verdade: escrever à mão era também pensar com as mãos. Pensar ao ritmo dos seus movimentos e desenhar palavras com a prudência e a precisão de quem não pode apagar tudo e começar tudo de novo. Escrever era inscrever. Uma aproximação à eternidade. Isso significa que estou pessimista sobre o futuro? Nem pessimista nem o contrário: o futuro, como dizem os ateus, a Deus pertence.
Pessoalmente, eu só conheço o passado: há 5 milhões de anos, os australopithecus desceram das árvores, experimentaram o bipedismo e libertaram as mãos. Nascia o Homo habilis, capaz de fabricar instrumentos, de os agarrar e, com eles, de caçar nas savanas. Estava aberto o caminho para que o Homo erectus, finalmente, descobrisse o fogo. E, com o fogo, a civilização. Cinco milhões de anos depois, desconfio de que o meio em que vivemos será tão importante como foi no passado para o desenvolvimento físico e intelectual dos homens de amanhã. Não digo com isso que o futuro será dos manetas. Mas não excluo que as mãos entrarão em atrofia e que dois dedos cheguem para a conversa.
(Folha de São Paulo, 29/09/2009)
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Assembléia geral para aprovação do estatuto do CANAC
Peça que retrata a história política do Brasil será apresentada nesta terça em Maringá
Nesta terça-feira (29), às 20h, no Cine Teatro Plaza (Travessa Guilherme de Almeida, 144 – Centro).
Entrada: 1 kg de alimento não-perecível.
As músicas são interpretadas pelos próprios atores, que têm o acompanhamento de quatro músicos no próprio palco. Em um cenário montado com desníveis, poltronas, escadas e dois computadores, o tecladista e o baterista ficam no alto, um em cada extremo, e, no chão, estão o guitarrista e o baterista. Entre eles, os atores encenam e cantam, com direito a uma entrada de patins no palco, feita por um dos atores. “Temos uma preocupação muito grande com a qualidade artística e musical do espetáculo”, explica o produtor executivo Marcelo Defante.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Concerto ao ½ dia
domingo, 27 de setembro de 2009
Truco!
Imagens da Copa História de Truco, realizada na tarde de sábado no bar Manhattan:
sábado, 26 de setembro de 2009
CANAC gestão Águas de Março presta contas aos estudantes
Professor do DHI pode ser candidato a deputado federal
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Prestação de contas - maio a setembro/2009
Prestação de contas,
Gestão Águas de Março - CANAC
Mês 05/2009 | Aluguel copiadora mil cópias Sobra da gestão anterior | 589,00 200,00 |
| Troca lâmpadas no CANAC | 35,00 |
21/05/2009 | Formatação do computador do CA | 80,00 |
Mês 06/2009 | Aluguel copiadora mil cópias | 872,00 |
05/06/2009 | Material utilizado para reforma do CA Lanche para que estava ajudando | 44, 50 20,00 |
06/09/2009 | Teclado | 24,99 |
17/06/2009 | Xerox cartazes para divulgação | 4,50 |
18/06/2009 | Flayer´s da festa | 260,00 |
22/06/2009 | Doces para a festa Decoração da festa | 68,00 22,00 |
25/06/2009 | Pipoca para a festa | 13,67 |
| Artigos para a festa | 129,08 |
26/06/2009 | Material para o correio elegante | 11,70 |
| Bebidas (refrigerante e cerveja) | 705,40 |
| Papel para confecção de fichas | 25,00 |
| Carimbo | 12,00 |
| Artigos para a festa (leite, arroz) | 19,88 |
| Copos com tampa Colher Papel higiênico Pratos de papelão Fita adesiva Açúcar 5kg | 60,00 |
| Copias da chave do CANAC | 6,00 |
27/06/2009 | Impressão das fichas | 12,00 |
| Artigos para a festa (leite) | 11,28 |
| Artigos para festa | 29,89 |
| Pão de cachorrão | 135,00 |
| Dj para festa | 300,00 |
| Aluguel da chácara | 350,00 |
Mês 09/09 | | |
18/09/2009 | Banner CANAC | 25,00 |
Setembro/2009 | Gasolina, carro da Fran, moto da Monique | 60,00 |
| Total créditos | 1661,00 |
| Total débitos | 2464,89 |
| Lucros da festa | 350,00 |
| Total em caixa em 25/09/09 | 500,00 |
| Previsão para 09/09 e 10/09 | 840,00 |
| Total | 1340,00 |
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
IV Congresso Internacional de História
Mais informações e fotos do Congresso no site do DHI.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Prestação de contas do CANAC
Todos os estudantes do curso estão convidados a participar.
CANAC na comissão eleitoral da eleição do DCE
Também foram escolhidos os CA´s que irão compor a comissão eleitoral. Cinco cursos foram eleitos: História, Direito, Medicina, Geografia e Ciências Econômicas.